segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eu roubei...


Ela tinha cabelos claros e sorrisos largos e verdadeiros (daqueles que encontramos cada vez menos). Quando sorria, os olhos (galáxias) se expandiam de felicidade e aquele rosto se tornava algo misterioso que me encantava como uma canção de sereia em imagem.

Este canto me levaria a um ato furtivo, perverso e traiçoeiro, pois não me contendo em ter enigmado na mente aquela imagem de verdadeiro alegrar decidi roubar e ter somente para mim aquele momento. Ato egoísta. Aguardei o momento certo e guardei em minha máquina aquela cena que se repetia.

Ela não sabe, mas eu sei:
uma foto dela eu roubei!


Impaciência e Chuva

A garota segurava a sombrinha, onde a água escorria. Sua mente tentava definir qual o sentido de fechar os olhos e sentir o frio daquele dia enquanto segurava um disquete. A fita branca que seguia o rumo do vento e estava presa ao seu cabelo produzia um som distinto além do cair da chuva. Pensava naquele garoto no qual seu amor era depositado. O odor daquele dia a irritava ou seria a espera demasiadamente pesada?

O ponteiro do relógio muda, porém o tempo não parece tecer como sempre.

Impaciência a corrói.