sexta-feira, 10 de junho de 2011

Chove lá fora...

Não continue a me provocar nesta manhã
que vou aí fora te encarar com o maior prazer.



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Snowflakes





















I never haven’t seen so much snow falling in my garden.
I never haven’t seen so much grey flakes falling so.
I look like a happy child, living this scene, because I grow up wanting to see it.
And today, I realized my big dream when I saw them fall.

My fingers are groping the air to discover the ice flakes...
THIS ISN’T EXISTE! My tooth are strange in my mouth.
It's as hot as summer. Cursed heat.
The deception corrupted my blood and poisons my heart.
I did everything this day for snowed.
Why it isn’t as cold as I wanted?
My scarf bitter my neck with this unbearable heat, and with angry I throw it to the ground. Goodbye old house, I dont want it’s anymore. Where is the feeling that icy snowflakes bring me? I feel the hate of my sarcastic lies walking. I look back and I see my house burning. Snowflakes come out of it. Bitter-gray flakes thrown to the wind in a subtle revenge against myself.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Salvação, mas não para ele.



Mais uma noite com pesadelos.

Maero o visitou a noite toda e o fez sentir coisas que desejava esquecer (mero ato repulsivo, covarde e egoísta). A cada vez que acordava, se é que dormira realmente em algum momento, se desanimava enormemente de voltar a tentar dormir, pois já sabia o que iria acontecer (maldito ciclo de vão escapismo). E acontecia o óbvio e previsível: velhos tormentos, visões de novos futuros erros.



Após uma noite inteira assim, acorda com a luz rejeitando o sono. Sem mais poder dormir vai ao banheiro, lava o rosto. Buscar Narciso... ele está de férias. Sua cabeça pesa mais que o esforço de se manter são. Sua visão vai ao chão, que é o único lugar que o aguarda com toda a ávida certeza. Contempla por um momento uma abelha no chão de cerâmica negra, do outro lado do banheiro.

Incapacitada de voar devido a irritante água que a umedeceu.

A pegou cuidadosamente, um simples/complexo ato de desespero para salvar a si mesmo na tentativa de purificar a alma salvando algo do fim iminente. Voltou para o quarto e a colocou na beirada da janela onde o sol da manhã aquecia o corpo de homem e abelha. Um homem de alma fria e uma abelha com desejo ardente pela vida. A colocou naquela beirada da janela para que ambos pudessem se aquecer e esquecer os problemas e angustias, momentaneamente.

O medo devorava a tudo: a ambos os seres; o medo era devorado pelo calor do sol matutino; a angustia se autodevorava. Todos estavam jogados no ciclo de autodestruição onde esperança era apenas o calor do sol daquela manhã que daria espaço para uma tarde, não muito quente, e uma noite de possível companhia de Maero novamente.

O tempo passou, a abelha voou, o homem ficou.

Pobre alma. Destruída pelo próprio medo de fazer o certo ou o errado e sempre se defrontar consigo mesma diante um espelho de verdade. A abelha foi embora viva, mas levou consigo aquele que pensava ser um homem, deixou um garoto para que crescesse novamente.

Ah! Queria eu ser o Icarus a dizer que não cairá jamais.